A tanga do Gabeira
Uma tanga de crochê azul e lilás foi a arma usada pelo ex-terrorista Fernando Gabeira para fazer história no verão de 1980. Expulso do País em 1969 como um dos seqüestradores do embaixador americano Charles Elbrick, Gabeira voltou em dezembro de 1979. Um mês depois, apareceu em pleno Posto Nove, na Praia de Ipanema, no Rio, trajando o que seria a parte de baixo do biquíni de sua prima, a jornalista Leda Nagle. Acostumado ao nudismo europeu, não tinha sunga e pegou emprestada a calcinha de crochê de Leda, feita pela mãe da jornalista. Hoje, o deputado federal Fernando Gabeira, 59 anos, nem usa mais sunga, mas gostou da liberação do topless. "Naquele verão, houve atitudes de vanguarda que passaram a ser senso comum. O topless foi uma delas, e só voltou agora", diz. Para ele, a volta do topless mostra um aumento da tolerância da sociedade. "Há 20 anos, duas meninas que faziam isso em Ipanema foram hostilizadas. Hoje, todos protestaram contra a polícia." Apesar de ter feito história na praia, Gabeira confessa que quase nunca ia ao Posto Nove. "Gosto de praia, mas já achava o mar de Ipanema sujo naquela época.
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